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Traqueostomia percutânea no doente crítico: a experiência de uma unidade de terapia intensiva clínica
INTRODUÇÃO: A traqueostomia é um procedimento realizado freqüentemente na terapia intensiva. Nas duas últimas décadas o procedimento percutâneo vem sendo cada vez mais utilizado. OBJETIVO: Descrever nossa experiência, em uma unidade de terapia intensiva clínica. MÉTODO: Levantamento retrospectivo de...
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Published in: | Jornal brasileiro de pneumologia 2004-06, Vol.30 (3), p.237-242 |
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description | INTRODUÇÃO: A traqueostomia é um procedimento realizado freqüentemente na terapia intensiva. Nas duas últimas décadas o procedimento percutâneo vem sendo cada vez mais utilizado. OBJETIVO: Descrever nossa experiência, em uma unidade de terapia intensiva clínica. MÉTODO: Levantamento retrospectivo de nosso banco de dados prospectivo de 78 traqueostomias percutâneas realizadas desde janeiro de 2000 até julho de 2003. Foram utilizadas as técnicas de dilatação progressiva com velas múltiplas (36 pacientes) e com pinça fórceps (42 pacientes). Os dados são mostrados como número de ocorrência ou mediana com intervalos interquartis. RESULTADOS: Nossospacientes tinham em média idade de 66 (43 a 75) anos e APACHE II com mediana de 16 (12 a 21), tiveram um período de ventilação mecânica com mediana de 14 (10 a 17) dias antes da traqueostomia, e 23% faleceram na unidade de terapia intensiva. As causas mais freqüentes de internação na unidade de terapia intensiva foram as encefalopatias agudas (45%), e o motivo que mais freqüentemente levou à indicação do procedimento foi o desmame difícil (50%), seguido do Glasgow Coma Score persistentemente abaixo de 8 (49%). Em 6 pacientes a broncoscopia não foi utilizada como guia. Ocorreram complicações em 33% dos procedimentos. As complicações mais comuns foram pequenas hemorragias, sem necessidade de transfusão de sangue. Nenhum paciente morreu devido à complicação do procedimento. CONCLUSÃO: Em uma unidade de terapia intensiva clínica, o procedimento da traqueostomia percutânea a beira leito é factível e seguro. |
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Nas duas últimas décadas o procedimento percutâneo vem sendo cada vez mais utilizado. OBJETIVO: Descrever nossa experiência, em uma unidade de terapia intensiva clínica. MÉTODO: Levantamento retrospectivo de nosso banco de dados prospectivo de 78 traqueostomias percutâneas realizadas desde janeiro de 2000 até julho de 2003. Foram utilizadas as técnicas de dilatação progressiva com velas múltiplas (36 pacientes) e com pinça fórceps (42 pacientes). Os dados são mostrados como número de ocorrência ou mediana com intervalos interquartis. RESULTADOS: Nossospacientes tinham em média idade de 66 (43 a 75) anos e APACHE II com mediana de 16 (12 a 21), tiveram um período de ventilação mecânica com mediana de 14 (10 a 17) dias antes da traqueostomia, e 23% faleceram na unidade de terapia intensiva. As causas mais freqüentes de internação na unidade de terapia intensiva foram as encefalopatias agudas (45%), e o motivo que mais freqüentemente levou à indicação do procedimento foi o desmame difícil (50%), seguido do Glasgow Coma Score persistentemente abaixo de 8 (49%). Em 6 pacientes a broncoscopia não foi utilizada como guia. Ocorreram complicações em 33% dos procedimentos. As complicações mais comuns foram pequenas hemorragias, sem necessidade de transfusão de sangue. Nenhum paciente morreu devido à complicação do procedimento. CONCLUSÃO: Em uma unidade de terapia intensiva clínica, o procedimento da traqueostomia percutânea a beira leito é factível e seguro.</description><identifier>ISSN: 1806-3756</identifier><identifier>DOI: 10.1590/S1806-37132004000300009</identifier><language>por</language><publisher>Sociedade Brasileira de Pneumologia e Tisiologia</publisher><subject>RESPIRATORY SYSTEM</subject><ispartof>Jornal brasileiro de pneumologia, 2004-06, Vol.30 (3), p.237-242</ispartof><rights>This work is licensed under a Creative Commons Attribution-NonCommercial 4.0 International License.</rights><lds50>peer_reviewed</lds50><oa>free_for_read</oa><woscitedreferencessubscribed>false</woscitedreferencessubscribed></display><links><openurl>$$Topenurl_article</openurl><openurlfulltext>$$Topenurlfull_article</openurlfulltext><thumbnail>$$Tsyndetics_thumb_exl</thumbnail><link.rule.ids>230,314,780,784,885,24150,27924,27925</link.rule.ids></links><search><creatorcontrib>Park, Marcelo</creatorcontrib><creatorcontrib>Brauer, Leonardo</creatorcontrib><creatorcontrib>Sanga, Ricardo Reis</creatorcontrib><creatorcontrib>Amaral, André Carlos Kajdacsy-Balla</creatorcontrib><creatorcontrib>Ladeira, José Paulo</creatorcontrib><creatorcontrib>Azevedo, Luciano Cesar Pontes de</creatorcontrib><creatorcontrib>Taniguchi, Leandro Utino</creatorcontrib><creatorcontrib>Cruz-Neto, Luiz Monteiro da</creatorcontrib><title>Traqueostomia percutânea no doente crítico: a experiência de uma unidade de terapia intensiva clínica</title><title>Jornal brasileiro de pneumologia</title><addtitle>J. bras. pneumol</addtitle><description>INTRODUÇÃO: A traqueostomia é um procedimento realizado freqüentemente na terapia intensiva. Nas duas últimas décadas o procedimento percutâneo vem sendo cada vez mais utilizado. OBJETIVO: Descrever nossa experiência, em uma unidade de terapia intensiva clínica. MÉTODO: Levantamento retrospectivo de nosso banco de dados prospectivo de 78 traqueostomias percutâneas realizadas desde janeiro de 2000 até julho de 2003. Foram utilizadas as técnicas de dilatação progressiva com velas múltiplas (36 pacientes) e com pinça fórceps (42 pacientes). Os dados são mostrados como número de ocorrência ou mediana com intervalos interquartis. RESULTADOS: Nossospacientes tinham em média idade de 66 (43 a 75) anos e APACHE II com mediana de 16 (12 a 21), tiveram um período de ventilação mecânica com mediana de 14 (10 a 17) dias antes da traqueostomia, e 23% faleceram na unidade de terapia intensiva. As causas mais freqüentes de internação na unidade de terapia intensiva foram as encefalopatias agudas (45%), e o motivo que mais freqüentemente levou à indicação do procedimento foi o desmame difícil (50%), seguido do Glasgow Coma Score persistentemente abaixo de 8 (49%). Em 6 pacientes a broncoscopia não foi utilizada como guia. Ocorreram complicações em 33% dos procedimentos. As complicações mais comuns foram pequenas hemorragias, sem necessidade de transfusão de sangue. Nenhum paciente morreu devido à complicação do procedimento. 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As causas mais freqüentes de internação na unidade de terapia intensiva foram as encefalopatias agudas (45%), e o motivo que mais freqüentemente levou à indicação do procedimento foi o desmame difícil (50%), seguido do Glasgow Coma Score persistentemente abaixo de 8 (49%). Em 6 pacientes a broncoscopia não foi utilizada como guia. Ocorreram complicações em 33% dos procedimentos. As complicações mais comuns foram pequenas hemorragias, sem necessidade de transfusão de sangue. Nenhum paciente morreu devido à complicação do procedimento. CONCLUSÃO: Em uma unidade de terapia intensiva clínica, o procedimento da traqueostomia percutânea a beira leito é factível e seguro.</abstract><pub>Sociedade Brasileira de Pneumologia e Tisiologia</pub><doi>10.1590/S1806-37132004000300009</doi><tpages>6</tpages><oa>free_for_read</oa></addata></record> |
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