Efeitos adversos causados pelo novo esquema de tratamento da tuberculose preconizado pelo Ministério da Saúde do Brasil

• Published in: Jornal brasileiro de pneumologia 2010-04, Vol.36 (2), p.232-238
• Main Authors: Maciel, Ethel Leonor Noia, Guidoni, Letícia Molino, Favero, Juliana Lopes, Hadad, David Jamil, Molino, Lucilia Pereira, Jonhson, John L, Dietze, Reynaldo
• Format: Article
• Language: Portuguese
• Subjects: RESPIRATORY SYSTEM
• ISSN: 1806-3756
• DOI: 10.1590/S1806-37132010000200012

OBJETIVO: Determinar os principais efeitos adversos causados pelo esquema de tratamento da tuberculose preconizado pelo Ministério da Saúde. MÉTODOS: Estudo descritivo e prospectivo envolvendo 79 pacientes com tuberculose tratados no Centro de Pesquisa Clínica do Hospital Universitário Cassiano Antônio Moraes, no município de Vitória, ES, entre 2003 e 2006. O regime de tratamento consistiu em isoniazida, rifampicina, pirazinamida e etambutol por quatro meses, seguido de rifampicina e isoniazida por dois meses. Durante o tratamento, os pacientes foram clinicamente avaliados todas as semanas e tinham uma visita médica mensal. RESULTADOS: A incidência geral de efeitos adversos foi de 83,54%. O envolvimento articular/ósseo/muscular e o envolvimento cutâneo foram mais frequentes (24,94% e 22,09%, respectivamente). Os eventos adversos foram mais comuns no segundo mês de tratamento (41,59%). Não houve necessidade de modificação do esquema de tratamento. Apenas 1 paciente necessitou de medicação para amenizar os efeitos adversos. A taxa de cura foi de 100%. CONCLUSÕES: Apesar de alta, a incidência de efeitos adversos com o novo esquema de tratamento preconizado pelo Ministério da Saúde não exigiu a modificação do esquema de tratamento, que foi eficaz.