Acompanhamento do aleitamento materno no tratamento de crianças com fenilcetonúria

A fenilcetonúria (PKU) ocorre na incapacidade para transformar fenilalanina em tirosina, trazendo efeitos tóxicos para o sistema nervoso central. Tradicionalmente, no tratamento da PKU, o aleitamento materno é substituído por fórmula láctea. Este estudo verificou os efeitos do aleitamento materno co...

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Published in:Jornal da Sociedade Brasileira de Fonoaudiologia 2012, Vol.24 (4), p.386-389
Main Authors: Lamônica, Dionísia Aparecida Cusin, Stump, Marisdalva Viegas, Pedro, Karla Panice, Rolim-Liporacci, Maura Contieri, Caldeira, Ana Cláudia Gandara Casarin, Anastácio-Pessan, Fernanda da Luz, Gejão, Mariana Germano
Format: Article
Language:Portuguese
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Stump, Marisdalva Viegas
Pedro, Karla Panice
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Caldeira, Ana Cláudia Gandara Casarin
Anastácio-Pessan, Fernanda da Luz
Gejão, Mariana Germano
description A fenilcetonúria (PKU) ocorre na incapacidade para transformar fenilalanina em tirosina, trazendo efeitos tóxicos para o sistema nervoso central. Tradicionalmente, no tratamento da PKU, o aleitamento materno é substituído por fórmula láctea. Este estudo verificou os efeitos do aleitamento materno como fonte de fenilalanina no desenvolvimento de crianças com PKU. Participaram dez lactentes com PKU, que iniciaram o tratamento com a introdução de fórmula láctea antes dos 30 dias e que mantiveram o aleitamento materno por no mínimo 30 dias de vida após o início dos procedimentos. Os procedimentos basearam-se em estimar a ingestão de leite materno, com margem segura da concentração da fenilalanina, calculando o volume gástrico e oferecendo inicialmente fórmula láctea, seguida do aleitamento materno em demanda livre, em todas as mamadas. O tempo de amamentação variou de um mês e cinco dias a 14 meses. Os controles sanguíneos foram semanais. Se o nível sérico da fenilalanina estivesse >2 mg/dL e
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Tradicionalmente, no tratamento da PKU, o aleitamento materno é substituído por fórmula láctea. Este estudo verificou os efeitos do aleitamento materno como fonte de fenilalanina no desenvolvimento de crianças com PKU. Participaram dez lactentes com PKU, que iniciaram o tratamento com a introdução de fórmula láctea antes dos 30 dias e que mantiveram o aleitamento materno por no mínimo 30 dias de vida após o início dos procedimentos. Os procedimentos basearam-se em estimar a ingestão de leite materno, com margem segura da concentração da fenilalanina, calculando o volume gástrico e oferecendo inicialmente fórmula láctea, seguida do aleitamento materno em demanda livre, em todas as mamadas. O tempo de amamentação variou de um mês e cinco dias a 14 meses. Os controles sanguíneos foram semanais. Se o nível sérico da fenilalanina estivesse &gt;2 mg/dL e &lt;6 mg/dL mantinha-se a prescrição; se estivesse &lt;2 mg/dL, diminuía-se a fórmula láctea em 25%, aumentando indiretamente o aleitamento materno; se estivesse &gt;6 mg/dL, aumentava-se a fórmula em 50%. Avaliou-se os níveis de fenilalanina, aplicou-se a Early Language Milestone Scale e Passos Básicos do Desenvolvimento. Foram considerados adequados aqueles lactentes que apresentaram índices normativos em todas as avaliações. Dos lactentes, 80% conseguiram manter limites seguros da fenilalanina e desenvolvimento nos índices normativos. Há viabilidade da continuidade do aleitamento materno no tratamento de crianças com PKU desde que os níveis de fenilalanina sejam rigorosamente controlados e que os efeitos do aleitamento materno para o desenvolvimento infantil sejam verificados.</description><identifier>ISSN: 2179-6491</identifier><identifier>EISSN: 2179-6491</identifier><identifier>DOI: 10.1590/S2179-64912012000400016</identifier><language>por</language><publisher>Sociedade Brasileira de Fonoaudiologia</publisher><ispartof>Jornal da Sociedade Brasileira de Fonoaudiologia, 2012, Vol.24 (4), p.386-389</ispartof><rights>This work is licensed under a Creative Commons Attribution-NonCommercial 4.0 International License.</rights><oa>free_for_read</oa><woscitedreferencessubscribed>false</woscitedreferencessubscribed></display><links><openurl>$$Topenurl_article</openurl><openurlfulltext>$$Topenurlfull_article</openurlfulltext><thumbnail>$$Tsyndetics_thumb_exl</thumbnail><link.rule.ids>230,314,776,780,881,24129,27901,27902</link.rule.ids></links><search><creatorcontrib>Lamônica, Dionísia Aparecida Cusin</creatorcontrib><creatorcontrib>Stump, Marisdalva Viegas</creatorcontrib><creatorcontrib>Pedro, Karla Panice</creatorcontrib><creatorcontrib>Rolim-Liporacci, Maura Contieri</creatorcontrib><creatorcontrib>Caldeira, Ana Cláudia Gandara Casarin</creatorcontrib><creatorcontrib>Anastácio-Pessan, Fernanda da Luz</creatorcontrib><creatorcontrib>Gejão, Mariana Germano</creatorcontrib><title>Acompanhamento do aleitamento materno no tratamento de crianças com fenilcetonúria</title><title>Jornal da Sociedade Brasileira de Fonoaudiologia</title><addtitle>J. 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Os procedimentos basearam-se em estimar a ingestão de leite materno, com margem segura da concentração da fenilalanina, calculando o volume gástrico e oferecendo inicialmente fórmula láctea, seguida do aleitamento materno em demanda livre, em todas as mamadas. O tempo de amamentação variou de um mês e cinco dias a 14 meses. Os controles sanguíneos foram semanais. Se o nível sérico da fenilalanina estivesse &gt;2 mg/dL e &lt;6 mg/dL mantinha-se a prescrição; se estivesse &lt;2 mg/dL, diminuía-se a fórmula láctea em 25%, aumentando indiretamente o aleitamento materno; se estivesse &gt;6 mg/dL, aumentava-se a fórmula em 50%. Avaliou-se os níveis de fenilalanina, aplicou-se a Early Language Milestone Scale e Passos Básicos do Desenvolvimento. Foram considerados adequados aqueles lactentes que apresentaram índices normativos em todas as avaliações. Dos lactentes, 80% conseguiram manter limites seguros da fenilalanina e desenvolvimento nos índices normativos. 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