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A ORIGEM DA NOITE E POR QUE O SOL É CHAMADO DE "FOLHA DE CARANÁ"

Resumo A partir da análise de um amplo conjunto de narrativas sobre a origem da noite, obtidas junto aos povos indígenas da bacia do Alto Rio Negro no noroeste amazônico, este artigo explora o modo como esses povos representam a alternância entre o dia e a noite em diferentes planos de significantes...

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Published in:Sociologia & Antropologia 2015-12, Vol.5 (3), p.659-698
Main Author: Hugh-Jones, Stephen
Format: Article
Language:English
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Summary:Resumo A partir da análise de um amplo conjunto de narrativas sobre a origem da noite, obtidas junto aos povos indígenas da bacia do Alto Rio Negro no noroeste amazônico, este artigo explora o modo como esses povos representam a alternância entre o dia e a noite em diferentes planos de significantes - nos sons e cores dos insetos, pássaros e animais da floresta; nos materiais, texturas e cores de suas casas e objetos; no corpo humano; e na música e na dança rituais. Este último plano nos permitirá compreender o ritual como um mecanismo de controle do tempo. Além disso, espero lançar luz sobre as razões pelas quais, em muitas línguas da família Tukano Oriental, os termos para "sol" e para "lua" significam também, respectivamente, "colmo" e "folha". Abstract By analysing a wide set of narratives on the origin of night found among the Indigenous people of the upper Rio Negro, in northwest Amazonia, this article shows how these people represent the alternation between day and night at different levels of meaning: in the sounds and colours of insects, birds and forest animals; in the material, texture and colour of their houses and objects; in the human body; and in ritual music and dance. This latter level allows us to understand ritual as a mechanism for controlling time. The article also investigates why, in many Eastern Tukanoan languages, the terms for 'sun' and 'moon' also mean, respectively, 'culm' and 'leaf'.
ISSN:2238-3875
2238-3875
DOI:10.1590/2238-38752015v532