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Lingua(gem) e identidade: a surdez em questão
Este trabalho discute o papel da língua de sinais na construção da identidade surda. Diferentes autores têm discutido a relação língua(gem) na construção da identidade, destacando-se que esta se constitui a partir da significação - ao significar o sujeito se significa (Orlandi, 1998). Dessa forma, b...
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Published in: | Educação & sociedade 2006-04, Vol.27 (94), p.277-292 |
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Format: | Article |
Language: | English |
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Summary: | Este trabalho discute o papel da língua de sinais na construção da identidade surda. Diferentes autores têm discutido a relação língua(gem) na construção da identidade, destacando-se que esta se constitui a partir da significação - ao significar o sujeito se significa (Orlandi, 1998). Dessa forma, buscamos trazer esta discussão para o campo da surdez levando em conta que, o interlocutor privilegiado da criança surda é o próprio surdo e o lugar de contato com essa língua se dá, para a maioria dos alunos, dentro das instituições ou escolas especiais para surdos. Observamos que a inserção do professor surdo na sala de aula contribui para que os alunos não somente encontrem possibilidades de construção da narrativa em língua de sinais, mas também se percebam como surdos, construindo sua identidade já na idade de 5-7 anos, assumindo e diferenciando papéis na interação, principalmente em relação ao professor surdo e ao professor ouvinte. A perspectiva de educação bilíngüe na área da surdez está antecipando a consciência dos próprios surdos sobre o significado da surdez, o que há bem pouco tempo acontecia somente na idade adulta.
This paper approaches the role of sign language in the construction of deaf identity. Various authors have discussed how language relates to the construction of identity, pointing out that identity constitutes through meaning - when a subject means they becomes meaningful (Orlandi, 1998). We thus attempt to link this discussionto the field of deaf studies, considering that in the case of deaf children the privileged interaction partner is another deaf person. Most students have their first contact with this language in schools and institutions for the deaf. We have observed advantages when deaf teachers take over classroom teaching: one is that students are able to develop narrative constructions in sign language; another one is that this experience enables them to perceive themselves as deaf, and construct a deaf identity as early as 5-7 years., when they take on and differentiate roles in interaction, especially with regard to the deaf teacher and the hearing teacher. In the field of deafness, the bilingual education approach anticipates deaf people's awareness of the meaning of deafness, which until quite recently was occurred in adulthood. |
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ISSN: | 0101-7330 0101-7330 |
DOI: | 10.1590/S0101-73302006000100013 |