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“Nós não compreendemos exatamente o que ela quis dizer com ‘vômito negro’”: Fundação Rockefeller, ciência e a epidemia de febre amarela de 1926

RESUMO Este artigo analisa a incidência da febre amarela no Nordeste brasileiro no ano de 1926 e os seus desdobramentos científicos. Após a epidemia, foram realizadas inspeções em cidades nas quais ocorreram surtos, no intuito de refutar a existência da amarílica. Além disso, com o redirecionamento...

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Published in:Topoí (Rio de Janeiro, Brazil) Brazil), 2021-12, Vol.22 (48), p.713-739
Main Author: Batista, Ricardo dos Santos
Format: Article
Language:eng ; por
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Summary:RESUMO Este artigo analisa a incidência da febre amarela no Nordeste brasileiro no ano de 1926 e os seus desdobramentos científicos. Após a epidemia, foram realizadas inspeções em cidades nas quais ocorreram surtos, no intuito de refutar a existência da amarílica. Além disso, com o redirecionamento das atividades da Fundação Rockefeller, foi criado o laboratório da febre amarela, em Salvador, em 1928. Utilizam-se como fontes correspondências, relatórios e diários da Fundação Rockefeller e jornais brasileiros para compreender as especificidades da epidemia. O evento de 1926 foi de grande importância para o desenvolvimento da saúde internacional e influenciou estratégias e ações no controle da amarílica. ABSTRACT This article analyzes the outbreak of yellow fever in Northeastern Brazil in 1926 and its related scientific developments. After the epidemic, inspections were carried out in cities where outbreaks occurred and elsewhere in order to refute the existence of yellow fever. Additionally, the Rockefeller Foundation created a yellow fever laboratory in Salvador in 1928 as part of a redirection in its activities. This paper uses Brazilian newspapers as well as correspondence, reports, and diaries from the Rockefeller Foundation to understand the specificities of the 1926 epidemic, which was of great importance for the development of international health strategies and actions for controlling yellow fever. RESUMEN Este artículo analiza la incidencia de la fiebre amarilla en el Noreste Brasileño en el año 1926 y sus despliegues científicos. Después de la pandemia, fueron realizadas inspecciones en ciudades en las cuales ocurrieron brotes, con la intención de refutar la existencia de la enfermedad. Además de ello, con el redireccionamiento de las actividades de la Fundación Rockefeller, fue creado el laboratorio de la fiebre amarilla, en Salvador, en 1928. Se utilizan como fuentes, correspondencias, relatos y diarios de la F undación Rockefeller y periódicos brasileños para comprender las especificidades de la pandemia. El evento de 1926 fue de gran importancia para el desarrollo de la salud internacional e influyó en las estrategias y acciones en el control de la enfermedad.
ISSN:1518-3319
2237-101X
2237-101X
DOI:10.1590/2237-101x02204805