Loading…

Quando as eleições e o voto nos desafiam? Reflexões a partir da República Romana Tardia

RESUMO O objetivo do autor neste artigo é comparar as críticas antigas e modernas às eleições e ao voto partindo do caso específico da República Romana em seu último século. Após uma breve reflexão sobre as origens do vocabulário moderno a respeito das eleições e do voto, o autor discute as razões d...

Full description

Saved in:
Bibliographic Details
Published in:Revista brasileira de história 2022-05, Vol.42 (90), p.53-67
Main Author: Oliveira, Julio Cesar Magalhães de
Format: Article
Language:Portuguese
Subjects:
Citations: Items that this one cites
Online Access:Get full text
Tags: Add Tag
No Tags, Be the first to tag this record!
Description
Summary:RESUMO O objetivo do autor neste artigo é comparar as críticas antigas e modernas às eleições e ao voto partindo do caso específico da República Romana em seu último século. Após uma breve reflexão sobre as origens do vocabulário moderno a respeito das eleições e do voto, o autor discute as razões das críticas de autores como Cícero e seu irmão Quinto à introdução do voto secreto e os esforços que um candidato a uma eleição romana precisava empreender para se eleger. Conclui observando o quanto essa incursão pela política romana do primeiro século a.C. nos ajuda a refletir sobre as limitações das democracias atuais, mas também a questionar a atitude daqueles e daquelas que parecem se contentar mais em condenar os eleitores por não saberem votar do que em lutar pela superação das limitações de nosso sistema à participação popular. ABSTRACT The objective of this article is to compare ancient and modern criticisms of elections and voting by focusing on the specific case of the Roman Republic in its last century. After a brief reflection on the origins of the modern vocabulary on elections and voting, the author discusses the reasons for the criticisms of ancient authors such as Cicero to the introduction of the secret ballot and the efforts that a candidate for a Roman election needed to make to be elected. He concludes by noting how much this incursion into Roman politics in the first century BC helps us to reflect on the limitations of current democracies, but also to question the attitude of all those who seem to be more content to condemn voters for not knowing how to vote than to strive to overcome the limitations of our system to popular participation.
ISSN:0102-0188
1806-9347
1806-9347
DOI:10.1590/1806-93472022v42n90-05