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Vulnerabilidade social, sobrevida e letalidade hospitalar pela COVID-19 em pacientes com 50 anos ou mais: coorte retrospectiva de casos no Brasil em 2020 e 2021

O desfecho da infecção pelo SARS-CoV-2 não se associa apenas à idade e a comorbidades, mas também agrava-se por vulnerabilidade social. Este estudo tem como objetivo analisar, segundo vulnerabilidade social, a sobrevida e a letalidade hospitalar por COVID-19 para os primeiros 100 dias entre sintomas...

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Published in:Cadernos de saúde pública 2022, Vol.38 (11)
Main Authors: Santos, Ivan Lira dos, Zimmermann, Ivan Ricardo, Donalísio, Maria Rita, Santimaria, Mariana Reis, Sanchez, Mauro Niskier, Carvalho, Jonas Lotufo Brant de, Borim, Flávia Silva Arbex
Format: Article
Language:Portuguese
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Summary:O desfecho da infecção pelo SARS-CoV-2 não se associa apenas à idade e a comorbidades, mas também agrava-se por vulnerabilidade social. Este estudo tem como objetivo analisar, segundo vulnerabilidade social, a sobrevida e a letalidade hospitalar por COVID-19 para os primeiros 100 dias entre sintomas até o óbito em indivíduos de 50 anos ou mais hospitalizados no Brasil. Trata-se de uma coorte retrospectiva das Semanas Epidemiológicas 11, de 2020, a 33, de 2021. O Sistema de Informação de Vigilância Epidemiológica da Gripe (SIVEP-Gripe) forneceu dados clínico-epidemiológicos. O Índice Socioeconômico do Contexto Geográfico para Estudos em Saúde (GeoSES) mensurou vulnerabilidade social. Para sobrevida, utilizou-se a curva de Kaplan-Meier e o modelo ajustado de riscos proporcionais de Cox, com hazard ratio (HR) e intervalos de 95% de confiança (IC95%). Dentre os 410.504 casos, a letalidade geral foi de 42,2%, sendo 51,4% os indivíduos mais vulneráveis. Por faixa etária, registra-se a presença de maior letalidade para os piores status socioeconômicos em todas as categorias; para 50-59 anos, registra-se o dobro. O modelo ajustado de Cox mostrou aumento de 32% de risco para óbito (HR = 1,32; IC95%: 1,24-1,42). Ademais, homens, idosos, pretos ou indígenas, com múltiplas comorbidades e submetidos à ventilação invasiva apresentam maior risco de óbito após hospitalização. É necessário que medidas políticas intersetoriais sejam direcionadas para mitigar os efeitos da pandemia de COVID-19 agravados pela vulnerabilidade social. El pronóstico de la infección por SARS-CoV-2 no sólo está asociado a la edad y a las comorbilidades, sino que también empeora por la vulnerabilidad social. El presente estudio tiene como objetivo analizar, según la vulnerabilidad social, la supervivencia y la letalidad hospitalaria por COVID-19 durante los primeros 100 días entre los síntomas hasta la muerte en individuos de 50 años o más hospitalizados en Brasil. Se trata de una cohorte retrospectiva desde la Semana Epidemiológica 11 de 2020 hasta la 33 de 2021. El Sistema de Información de Vigilancia Epidemiológica de la Gripe (SIVEP-Gripe) proporcionó datos clínico-epidemiológicos. El Índice Socioeconómico del Contexto Geográfico para los Estudios de Salud (GeoSES) midió la vulnerabilidad social. Para la supervivencia se utilizó la curva de Kaplan-Meier y el modelo ajustado de riesgos proporcionales de Cox, con cociente de riesgos (hazard ratio - HR) e intervalos del 95% de confianza (IC95%). E
ISSN:0102-311X
1678-4464
1678-4464
DOI:10.1590/0102-311xpt261921