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A FRAGATA NEGRA: TRADUÇÃO E VINGANÇA EM NINA SIMONE

Resumo Este artigo trata da relação entre a trajetória da artista norte-americana Nina Simone (1933-2003) e a produção cultural ativista dos Estados Unidos nos anos 1960. A partir da canção “Pirate Jenny”, composta por Bertolt Brecht e Kurt Weil em 1928 e interpretada por Simone em 1964, procuro mos...

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Published in:Mana (Rio de Janeiro, Brazil) Brazil), 2018-04, Vol.24 (1), p.39-70
Main Author: Cesar, Rafael do Nascimento
Format: Article
Language:eng ; por
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Summary:Resumo Este artigo trata da relação entre a trajetória da artista norte-americana Nina Simone (1933-2003) e a produção cultural ativista dos Estados Unidos nos anos 1960. A partir da canção “Pirate Jenny”, composta por Bertolt Brecht e Kurt Weil em 1928 e interpretada por Simone em 1964, procuro mostrar como a artista operou uma tradução do conflito original - as desigualdades de classe na Europa após a Primeira Guerra Mundial - para a situação vivida pela população negra nos Estados Unidos dos anos 1960. Tal tradução, sugiro, é um efeito performativo que toma as relações raciais e de gênero como linguagem (ou gramáticas sociais) e as materializa através do corpo. Sendo assim, pretendo elucidar as formas pelas quais marcadores sociais como gênero e raça “se fazem ouvir” em determinados contextos e a partir de determinadas convenções artísticas. Abstract This article is concerend with the relation between Nina Simone’s trajectory and militant cultural production in the United States during the 1960’s. Taking the song “Pirate Jenny”, a 1928 composition by Bertold Brecht and Kurt Weil interpreted by Nina Simone in 1963, I intend to show how the artist translated the original conflict -class inequalities in Europe after World War I - into the situation experienced by black people in the United States in the 1960’s. Such translation, I argue, can be understood as a performative effect which grasps racial and gender relations as a kind of language (or social grammar) and materializes them through the body. I thereby wish to elucidate the forms by which social markers such as gender and race are “heard” in determinate contexts and through specific artistic conventions. Resumen Este artículo trata de la relación entre la trayectoria de la artista norte-americana Nina Simone (1933-2003) y la producción cultural activista de los Estados Unidos en los años 1960. A partir de la canción “Pirate Jenny”, composta por Bertolt Brecht y Kurt Weil en 1928 y interpretada por Simone en 1964, intento mostrar como la artista realiza una traducción del conflicto original - las desigualdades de clase en Europa después de la Primer Grande Guerra - para la situación vivida por la población negra norte-americana en los Estados Unidos de los años 1960. Esa traducción, pienso, es un efecto performativo que toma las relaciones raciales y de género como lenguaje (o gramáticas sociales) y las materializa a través del cuerpo. Así, pretendo elucidar las formas por las cuales marcadores soci
ISSN:0104-9313
1678-4944
1678-4944
DOI:10.1590/1678-49442018v24n1p039