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Reflexões sobre a morte e o morrer

Resumo Este ensaio teórico tem por objetivo propor reflexões acerca da morte e do morrer sob o prisma de possíveis antagonismos, do adoecimento e das ocupações humanas envolvidas nesse processo. Os antagonismos são colocados em pauta obedecendo ao sentido de oposição mútua entre vida e morte, nascim...

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Published in:Cadernos Brasileiros de Terapia Ocupacional 2022, Vol.30
Main Authors: Koenig, Anne Marise, Teixeira, Luciana de Almeida Silva
Format: Article
Language:Portuguese
Subjects:
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Summary:Resumo Este ensaio teórico tem por objetivo propor reflexões acerca da morte e do morrer sob o prisma de possíveis antagonismos, do adoecimento e das ocupações humanas envolvidas nesse processo. Os antagonismos são colocados em pauta obedecendo ao sentido de oposição mútua entre vida e morte, nascimento e morte, bem como entre sua previsão e sua negação. O adoecimento é discutido sob o prisma dos modelos dinâmico e ontológico de Laplantine, abrindo-se reflexões sobre o significado do adoecimento para o doente, muitas vezes expropriado de seu processo de morrer. Também aborda como a morte é impelida, atualmente, para os bastidores da vida social. Por último, são abordadas as ocupações da morte pautadas nos “princípios da boa morte”, sob o olhar da terapia ocupacional, sendo discorridos os preparativos e os ritos fúnebres desenvolvidos pelo morrente, seu círculo social e pelos profissionais da saúde, religiosos, agentes fúnebres e funcionários de cemitérios. Depreendemos que a morte é um processo social. Abstract This theoretical essay aims to propose reflections on death and dying through the prism of possible antagonisms, illness and human occupations involved in this process. The antagonisms are put up for discussion obeying the sense of mutual opposition between life and death, birth and death, as well as between their prediction and their negation. Illness is discussed from the perspective of Laplantine's dynamic and ontological models, opening up reflections on the meaning of illness for the patient, who is often expropriated from their dying process. It also addresses how death is currently pushed behind the scenes of social life. Finally, the occupations of death based on the “principles of good death” are approached from the perspective of occupational therapy, discussing funeral preparations and rites developed by the deceased, their social circle and by health professionals, religious people, funeral agents and cemetery workers. We understand that death is a social process.
ISSN:2526-8910
2526-8910
DOI:10.1590/2526-8910.ctoen242031571